terça-feira, 10 de abril de 2012

Všetko najlepšie k narodeninám, Vê! (:





Vê, tem muita coisa que escrevo e não posto aqui às vezes por questão de privacidade ou de preguiça mesmo de tirar do papel o que escrevi no calor do momento e digitar e postar! Mas hoje é diferente!  Quando escrevi, logo pensei que gostaria que um dia esse texto fosse lido por você, a personagem principal desse meu escrito feito a mais de um ano atrás. E esse dia chegou e é hoje! Não tem dia mais  perfeito pra eu publicar isso: o dia do SEU ANIVERSÁRIO! \o/

Então lá vai...

Acabei de assistir um filme chamado “Sem medo de morrer/da morte” e não sei por que  o jeito da personagem  “Diana” me lembrou o de  Vê (Verônica) e bateu uma puta saudade dela.  E junto com a saudade veio um arrependimento porque sempre que lembro dela, acho que poderia ter aproveitado mais o tempo que ela esteve aqui conosco. Gozado que ao mesmo tempo que ela era tão transparente e verdadeira, ela conseguia ser enigmática  e misteriosa. E  apesar de nunca ter dito isso a ela, eu gostava daquela mistura! A achava meio louquinha também, mas paralelamente nas nossas conversas sobre nós, nossas vidas, escolhas, vontades, desejos e nossos destinos, ficava nítido que tínhamos muitas coisas em comum. Ela mais aflorada e eu mais contida, mais introspectiva. Contraditório, não?
 Uma das coisas que me chamou muita atenção nela é que quando ela fala com você, ela te olha no olho de verdade, e é tão sincero o olhar dela, que às vezes ou eles os traia ou conseguiam te desmontar em questão de segundos. E o inusitado foi que esses dias minha vovó Lucy disse exatamente isso pra mim. Primeiro perguntou do que eu gostava mais em mim e como não sabia responder, perguntei a ela do que ela gostava mais em mim? E ela  me respondeu: “O olhar! Porque quando você quer, você fala com os olhos e eles se tornam muito expressivos.” Daí, automaticamente, lembrei de Vê. Naquele instante, eu sabia com quem eu tinha aprendido aquilo e que ela tinha uma parcela de culpa nisso! E mais, ela nunca tinha medo de nada, até onde sei. Uma das coisas que deveria ter perguntado...do que ela tinha medo? Não me recordo de alguma medo dela. Sei que os têm, mas muito introspectivos.  Dúvidas, angústias e anseios eu sei que tinha. Mas ela era e deve continuar sendo dona de personalidade muito forte... sempre firme, decidida e cabeça dura também...ela era mais de fazer do que de falar... determinada, sabe onde quer chegar. Talvez o caminho seja desconhecido ainda, mas  não tenho dúvidas que ela vai longe, muito longe!
                Como nunca tínhamos lidado com aquela situação e a responsabilidade era muito grande e até mesmo dobrada, porque para meus pais não se tratava dos filhos deles e sim, de uma adolescente que iria cair de paraquedas aqui em casa e eles teriam total responsabilidade sobre ela, ou seja, filha duas vezes. Acho que por isso uma super proteção e zelo , que se estendeu como comportamento nosso (dos irmãos) também perante ela  e as vezes sei que a incomodava. De um lado, uma adolescente em fase de descobertas tentando aproveitar uma chance que ela não sabe se teria outra vez, querendo viver cada segundo como se fosse o último... curtir a vida intensamente sem ter que se preocupar com reputação ou com  que os outros iriam pensar...afinal de contas, ela iria embora e não iria precisar ficar se explicando depois ou encarando olhares maldosos pelo o que fez ou deixou de fazer...Do outro, meus pais querendo cuidar e agradar dentro do que eles achavam que seria saudável  pra ela e ao mesmo tempo  por freios, limites. E além de se tratar de uma relação entre gerações diferentes, tinha a questão da cultura, da educação. Ela não tinha sido educado por eles, então exigia de ambas as partes muito esforço e compreensão, apesar dela mesmo dizer que muitas coisas não mudavam e que os pais delas agiriam em determinadas situações da mesma forma que os meus, mesmo  não concordando com eles,  isso a fazia  compreendê-los mais.
Enfim, se a recebesse hoje, seria um pouco diferente. A levaria em lugares que ela provavelmente não conheceu e sei que ela adoraria. Faria coisas que sei que sozinha não teria coragem, mas com uma pouco da coragem e loucura dela como companhia, faria! Enfim, espero que ela esteja bem agora, fazendo suas próprias escolhas e buscando o que todos nos buscamos a vida toda: a felicidade, de modo honesto, sincero, e sem precisar passar por cima de ninguém.”  Escrito 17/01/2011 – 17:42 pm

Sei que faz tempo, mas não tiraria nada do que escrevi a pouco mais de um ano atrás! Com certeza sei que você está aí do outro lado do mundo louca pra voltar pro Brasil pra rever seus amigos, tomar banho de mar até te rebocarem de lá, jogar muita capoeira, escutar muita música brasileira e é claro dançar: “Ela sai de saia, de bicicletinha, uma mão vai no guidom e a outra tapando a calcinha” ou “Rebolation” kkkkk
Enfim, mesmo de longe, torço muito por você e espero em breve revê-la aqui no Brasil. Sei que você esta trabalhando pra isso e saiba que nossa casa, nossa família estará sempre de portas abertas pra te receber, quando você estiver pronta pra voltar!


Com muito carinho,

Tauane.





2 comentários:

  1. Que Foda seu texto Nane, ta fazendo direitinho como eu ensinei! Que saudades de Hedvusha ela e realmente incrível concordo e assino embaixo com tudo que você disse.

    ResponderExcluir
  2. Assim...nas minhas contas eu acho que eu nasci primeiro!
    Mas tudo bem! Pode ficar com os "créditos"...eu não ligo, "paiaço"! =D

    ResponderExcluir