Paralisada.
Estátua. Reação zero. Sensação de impotência. Parece que por questão de minutos
entrei em estado de inconsciência por não acreditar que aquilo estava
acontecendo comigo. Segundos depois, desorientada, tremendo e assustada, você
percebe que não foi pesadelo. Foi real e foi com você. O ódio e a raiva
atravessam sua corrente sanguínea num “piscar de olhos” e isso é alimentado
sempre que você tem flashes daquele momento ruim vivido. Caramba, você trabalha
pra ter suas coisas, por maior ou menor valor que elas tenham, e vem um zé ninguém que não faz questão de ser alguém
na vida e te leva tudo. Meu desejo, de verdade, era que ele além de enxergar as
coisas materiais, ele visse que no meio daquilo tudo tem 4 coisas básicas que
me levaram e me levam a não só ter, mas recuperar tudo que perdi: LÁPIS, CANETA,
PAPEL E BORRACHA. Sorte dele se tivesse consciência disso, pra quem sabe um dia
ser, dignamente, alguém na vida. Esse papinho de “sou desfavorecido/ excluído
socialmente” é sem fundamento. Se todo mundo que se encontra nessa situação saísse
roubando, aonde iriamos parar? Caráter, honestidade e dignidade são coisas que
felizmente não dar pra comprar e, principalmente, sair roubando por aí. Ou você tem ou você não tem e ponto. E no fim
das contas, tenho mais é que agradecer por estar viva agora. E no fundo eu
acredito que “tudo que vai volta”, não no sentido de vingança, mas de que a
própria vida se encarrega de fazer justiça.
16:30
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